quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Fala, que eu te... chupo!

Essa frase era título de um post no blog da Pecadora noutro dia. O assunto era outro, mas me inspirou a escrever sobre este aqui. Enquanto eu pensava no meu texto, calhou de eu ler uma matéria na Vida Simples entitulada "Sexo: A Hora Da Verdade". A matéria fala sobre quantos casais ainda são insatisfeitos entre quatro paredes, mesmo depois de tanto se falar abertamente sobre sexo, da tal da liberação sexual e tantos outros recursos. Mas fala-se mesmo abertamente sobre sexo?! Você fala?

Quando digo falar abertamente, várias coisas podem te vir à cabeça, não é? Falar abertamente sobre sexo pode referir-se à capacidade de conversar com amigos e trocar figurinhas, mesmo sem necessariamente entrar nos detalhes sórdidos (se bem que entrar nos detalhes sórdidos, sem revelar com quem, de vez em quando, é tão bom!). Pode ser em relação ao quanto você tinha abertura pra discutir sexo com seus pais ou professores quando eles começaram a te explicar que a cegonha nunca existiu (meu pai sempre foi show nisso, por isso eu saí assim!). Pode ser o fato de assumir sua sexualidade, suas vontades e preferências, sejam elas quais forem. Ou ainda, falar as mais safadas sacanagens entre quatro paredes. Mas, na maioria das vezes, falar abertamente sobre sexo implica em implicar com o jeito que seu parceiro (fixo ou não) faz certas coisas que você odeia, ou elogiar o que tem de melhor. E é aí que mora o segredo da felicidade quando não se trata de ressonância, química e afins.

Muitas vezes a gente consegue dizer pelo beijo se alguém vai encaixar direito com a gente na cama, não é? Mas vai dizer que você nunca se enganou, tipo: a pessoa tinha um abraço gostoso, um beijo sensual, uma pegada de amolecer as pernas e, então, na hora H, não foi bom pra você? E, a meu ver, se não foi bom pra você, não foi bom pra nenhum dos dois! Quer coisa mais frustrante do que ver o outro frustrado?! O que você faz quando não "encaixa"? Parte pra outra? Discute a relação? Fala na hora e na lata o que tá errado e como você quer que seja? Assume o controle e faz o gênero senhor(a) e escrava(o) (huuum... é uma ideia!)? Aproveita pra dar uns toques sutis no momento conchinha?

Eu não sei o que funciona melhor pra você e pro seu parceiro ou parceira. Até porque cada pessoa pode reagir diferente nessas horas e receber o toque numa boa ou ficar constrangida. O problema é quando nunca falamos. Pior: quando fingimos! Dia desses eu li que tem um monte de caras fingindo orgasmo por aí. E então, conversando com um caso meu, falávamos de trepadas frustrantes e ele confessou que já fingiu com uma menina também:

_ E aí? Gozou?
_ Siiim! (enquanto saía disfarçadamente da cama pra tirar a camisinha vazia)

Quanto a falar, além da necessidade de ter tato pra escolher o momento e as palavras certas, eu devo dizer que tenho um bode enorme de ter que pedir certas coisas na cama. Por exemplo, lembram-se daquele meu ex que contou da ex dele que fez o favor de esclarecer que "mulher gosta é de ser chupada!"? Siiiim, nós gostamos! MUITO!!! A maioria só goza assim, é fato! Ainda mais com a quantidade de caras por aí que acha que sexo bom é ficar METENDO e não tá nem aí se tá gostoso pra você ou não, enquanto a gente costuma gostar de sexo de pertinho, movimentos mais suaves e profundos, ritmo constante. Porra, é assim que a gente goza! Não é com grandes performances acrobáticas que mais parecem aula de aeróbica e nos esfolam por uma semana!!! Então, por favor, vou dizer mais uma vez: CHUPEM-NOS! Peito, pescoço, boceta...

Agora tem uma coisa: faça porque gosta, não por obrigação. Nada feito por obrigação numa transa é legal. Outro bode que tenho é sentir que um cara tá me empurrando pra chupá-lo! Assim eu não quero, simplesmente não faço! E me corta o tesão na hora. O mesmo vale para os caras que tem nojinho e vão lá te chupar só pra não dizer que não foram. Ficam dois minutos, fazem tudo meio desajeitado, não entram de cabeça na coisa e você tem mais vontade de pedir pra ele parar logo do que pra continuar. Esse não tem jeito mesmo, nem adianta tentar dar as direções, não tem vocação e pronto! Fazer alguém gostar de sexo não chega a ser missão impossível mas, que é desgastante, isso é!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Magnetismo, Eletricidade, Química e Ressonância

Tem um post mais antigo, que vocês devem conhecer, chamado "Paulão e eu", em que meu amigo que entitulei "Paulão" e eu falamos de sexo. Como boa conversa de MSN que o texto original era, mudamos de assunto várias vezes e, numa dessas, falamos sobre química e o que ele chama de "ressonância". Acontece que o "Paulão" é físico por formação. Eu, por outro lado, nada entendo de física ou química. Quero dizer, ao menos não no que tange às matérias ensinadas na escola... Ainda assim, cada vez mais me dou conta da importância desses quatro "elementos" na paquera e no sexo. Então lá vão minhas teorias (e as do "Paulão"):

O magnetismo:
É quando, mesmo na multidão, seja no carnaval de Salvador, naquela balada apertada, num show de rock... a pessoa que aparece na sua frente e te sorri é exatamente aquela que tem tudo a ver com você (pelo menos por uma noite!), como se o Universo a tivesse levado para aquele lugar só pra te encontrar e vocês se procurassem no meio daquela gente toda. Rola um magnetismo, você não consegue tirar os olhos da pessoa, tudo te atrai pra ela.
Não tem que ser num lugar lotado. O lugar lotado foi só pra ilustrar que o magnetismo te seleciona o par perfeito mesmo no meio de um monte de outras opções. Mas ele também está em ação numa festa ou quando um amigo te apresenta alguém.
Essa companhia perfeita para o seu momento geralmente aparece quando você está conectado com o Universo e com essa energia. Não é coincidência o fato de conhecermos pessoas incríveis justamente quando menos esperamos, quando menos procuramos e estamos numa boa vibe, é magnetismo!

A eletricidade:
Rola uma tensão sexual no ar, um tesão louco, e a certeza de que vocês não precisam nem se beijar pra saber que seria uma mistura explosiva. Ficar perto da pessoa, mesmo sem tocá-la (e você tem que se controlar muito para não se jogar em cima dela!) já te deixa com um frio na barriga, as pernas bambas e tudo o que você quer fazer é sair correndo (com ela dali, claro!).
Já me peguei várias vezes batendo o maior papo com caras legais a beça e me perguntando "eu quero mesmo beijá-lo?!". Em alguns casos eu tentei esticar a história e, obviamente, fui descobrir depois que não havia mesmo química nenhuma. Tem até uma expressão em inglês que vem bem a calhar: "there was no spark!". Ao pé da letra, "spark" pode ser traduzida como faísca.
Embora tenha muitas vezes subestimado a importância da eletricidade, com o tempo percebo que algumas coisas são realmente instintivas na paquera e no sexo. E ponto.

A química:
Se você der sorte de ir parar num quarto (banheiro, escada, corredor, carro...) com a tal pessoa da eletricidade, certamente vai descobrir que há mesmo uma química absurda entre vocês. Química é aquela coisa de pele, de cheiro, de gostar do gosto do outro. Extremamente necessária na receita, embora haja quem se relacione por anos com alguém mesmo sem esse ingrediente. Na minha opinião, no entanto, como sei-lá-quem já dizia: "sem tesão, não há solução!"

A ressonância:
A ressonância, aprendi com meu amigo Paulão, é quando você vai pra cama com alguém (ou simplesmente quando desliza pelo salão numa dança, ou passeia de moto, ou beija na boca) e não precisam dizer nada, mas estão em perfeita sintonia. Tipo quando você está transando e pensa "ele(a) poderia segurar aqui, beijar alí..." e nem precisa pedir. Um conduz, o outro se deixa levar. Seus movimentos são sentidos e complementados, seus desejos realizados. Um perfeitamente conectado ao outro, como um.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Are you game or just playing games?

Depois do último tombo, obviamente, vieram algumas reflexões. Percebida a minha parcela de responsabilidade na história, decidi que tentar novas táticas, embora talvez difíceis de se colocar em prática, muito provavelmente não me fariam mal. Trechos da conversa com a terapeuta não me saíam da cabeça:

_ Não podemos revelar nossas intenções logo de cara.
_ Mas isso é fazer joguinhos! Odeio fazer joguinhos! Sou sincera, gosto que sejam sinceros comigo... Por que tenho que esconder o que eu sinto?!
_ Sim, todo mundo faz um pouco de joguinho. Jogos fazem parte do jogo!
_ Huum... Não sei.
_ Só digo que você não precisa dizer o que sente logo de cara. Espere até o relacionamento virar relacionamento. Por exemplo: se você está saindo com alguém, se está legal, isso vai caminhar naturalmente para um namoro. Espere até estar de fato com uma pessoa e saber como ela se sente até revelar o que sente.
_ É... isso talvez me fizesse bem.

Numa outra sessão, ficaram martelando outros trechos da conversa:

_ Você coloca toda a sua energia nos relacionamentos. Pegue a sua energia de volta pra você! E espere pra falar o que sente. Até porque é o tempo de VOCÊ decidir se gosta ou não da outra pessoa e se VOCÊ quer mesmo ficar com ela.
_ Putz! É mesmo!

Pensar nisso mudou completamente minha maneira de ver as coisas! É claro que, em outras épocas da minha vida, eu sabia muito bem como era, mas em algum momento ao longo do caminho, isso se perdeu. Ver que sou EU quem decide fez toda a diferença! Numa conversa com um amigo mais velho e, por vezes, um tanto quanto machista, ele me disse:

_ Vocês mulheres têm uma arma poderosíssima! Tem o poder de escolha.
_ Como assim? Sempre achei que fôssemos as escolhidas.
_ Não, nós homens não podemos disfarçar o que sentimos. Temos EREÇÃO! Se gostamos de alguém, não temos como dizer o contrário. E, se não somos a fim, esquece que não vai rolar mesmo!
_ Ha! Ha! Ha! Muito interessante esse ponto de vista. E não é que é verdade?!

Resolvi, então, que eu precisaria do meu tempo pra decidir se alguém era merecedor ou não. Desde o carinha só pra beijar na balada até o dito-cujo com aparente potencial para Mr. Right. Na hora de colocar tudo isso em prática, percebi que, quando o poder de decisão veio parar nas minhas mãos, entrei num estado meio "tolerância zero". Acabei recusando muitos convites, ficando muito na minha. Comecei a olhar meio com desconfiança ou até desprezo para os candidatos de plantão. Estranhando minha própria atitude, passei a pensar nos porquês. E a analisar os candidatos em questão.

Um deles era um casinho mais ou menos fixo de alguns meses. A gente se via mais ou menos uma vez por semana. O convite do cara era sempre algo do tipo: "posso passar aí?" Vinha, dava uma até que nem tão rapidinha, mas nem por isso de satisfação 100% garantida, vestia a roupa e dizia que tinha que ir porque ia trabalhar, passar em outro lugar, etc. Pois depois do meu "relâmpago", ao ouvir a pergunta de sempre, me soou como prestação de serviço, sabe? Pensei comigo: "tô precisando de alguma coisa?" "liguei pra algum sexo delivery?" Agradeci os serviços e dispensei-os!

Em dois outros casos, os candidatos pareciam ter intenções que iriam além do usual "delivery service". Ou, pelo menos, eu os fiz desviar do caminho de sempre. Decidi que iriam pela rota que eu traçasse: sairíamos em alguns dates e então eu veria no que iria dar. Depois de um tempo, no entanto, combinavam algo e, então, na hora H, desculpavam-se e acabava não rolando. Pensei em algumas possibilidades:

1) O meu mistério foi demais e eles ficaram inseguros, sem saber se eu realmente estava a fim;
2) Ficou difícil demais e desistiram (principalmente se a intenção era só uma transadinha);
3) Esses caras estão muito acostumados com mulheres fáceis, que dão tudo de bandeja e logo de cara, que ficam correndo atrás deles e perderam a prática de ir atrás de uma;
4) Faltou fortalecer a vontade. Tipo, se o cara realmente estivesse a fim, ele teria feito um convite concreto e feito de tudo pra que o encontro desse certo. Ele teria entrado no jogo pra tentar me conquistar, não dar a entender um "tanto faz!" (veja o livro: "Ele Simplesmente Não Está A Fim De Você!");
5) Faltou uma palavrinha mágica que minha professora de dança de salão costumava soprar no ouvido dos meninos, dizendo ser essencial na dança: ATITUDE! Será que a maioria dos homens atualmente teria que frequentar essas aulas de dança pra aprender que na vida não é diferente?!

Homens modernos não sabem mais cortejar. Não tem mais a tal da atitude! Não sabem mais convidar uma mulher para a dança, nem perceber que é nessa dança que se tem muitas oportunidades de perceber se há a tal da eletricidade, a tal da química, a tal da ressonância, como bem disse meu amigo "Paulão" em outro post. Era a chance de conversar, de sentir o cheiro, de tocar sem ultrapassar limites, de ser cavalheiro, de CONDUZIR.

"Mas, de repente, a madrugada mudou
E, certamente, aquele trem já passou
E, se passou, passou.
Daqui pra melhor... foi!
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder..."