quarta-feira, 24 de março de 2010

Fala que eu te... chupo! - II

No post anterior, eu disse que, se não foi bom pra você, não foi bom pra nenhum dos dois. Pois eu quero corrigir o que eu disse: se não foi bom pra você, não é bom pra ninguém! Quer coisa pior que mulher "mal-comida"?! Imagine, então, se ainda calha de ser na TPM?! Ninguém merece ter que conviver com isso, muito menos a pobre coitada! Existe muito homem mal-comido também, viu?! Acho justo começar a usar a expressão no masculino também. Sabe esses sujeitos grosseirões e mal-humorados? Aposto que são mal-comidos!

Todo mundo fica feliz depois de uma bela trepada, não fica? Pele reluzente, sorriso estampado na cara, um poço de educação e gentileza... uns chegam a cantarolar e a sorrir pra estranhos na rua (eu, por exemplo!). A gente rende mais no trabalho, os problemas ficam petiticos, vê poesia em tudo, faz caretas pras crianças no caminho, passa a mão nos cachorros alheios (é, eu, pelo menos!).

Vamos combinar uma coisa: numa próxima, não deixe pra pensar se foi bom pra você. Faça com que seja! Enquanto estiver rolando, faça tudo com tesão, dê o melhor de si, dedique-se a fazer o outro feliz. E dê umas dicas se tá bom. Não precisa ser nada didático (isso pode ser broxante). Se você não faz o estilo falar altas sacanagens (o que também pode ser broxante quando exagerado), uns suspiros, uns gemidos, um aperto mais forte, uma puxada de cabelo, um "assim!" sussurrado ao pé do ouvido podem dar o recado.

É verdade, falar o que tá bom é mais fácil do que mostrar quando não tá. O que fazer se a pessoa estiver errando feio? Eu, pelo menos, não me ofendo com dicas sutis e carinhosas do tipo: segura assim, mexe assado, mais isso ou mais aquilo...

Todo mundo quer acertar e ser feliz, não é? E isso envolve fazer o outro feliz também. Pra felicidade geral da nação!

quinta-feira, 18 de março de 2010

"Tá sozinha porque quer!"

_ Tá sozinha porque quer!
_ Não, é porque falta espaço!

Ao mudar meu status de relacionamento em um site famoso de redes sociais dia desses, a reação de surpresa dos meus amigos me intrigou. Nada mais era do que assumir publicamente a minha condição de solteira, que tem sido a mesma há uns dois anos. Um dos meus amigos até comentou: "tá sozinha porque quer!". Sim, muita gente fica solteira por opção, claro! Tem vários aspectos muito bons em ser solteiro. Eu nem vou entrar nos detalhes, pois vocês devem ter a listinha de prontidão para os momentos de pé na bunda, certo? Posso publicar a minha noutro momento, caso precisem. Mas temos aqueles momentos em que gostaríamos de estar num relacionamento bacana com alguém. E é muito frustrante perceber que não se pode fazer muita coisa pra mudar de status nessas horas porque isso é uma daquelas coisas que não dependem de você e pronto.

Tem muuuuuitos conhecidos meus dizendo que querem namorar. A grande maioria é mulher, talvez porque a maioria da população seja feminina mesmo. Há uma outra grande quantidade de gays masculinos, mas também tem vários homens querendo um relacionamento. "Onde?! Onde?!" Pois é... essa é a questão! Amigas minhas (e eu também, claro!) já tentaram de tudo: baladas, trabalho, sites de relacionamento, cursos, amigos em comum, viagens, bares... e continuam lindas, saradas, inteligentes, bem-sucedias no trabalho, independentes, divertidas e... sozinhas!

E eu conversava com a (pobre da) minha terapeuta noutro dia e ela me disse que eu estava mandando a mensagem errada quando saía pras baladas. Fiquei pensando no comentário e passei umas duas semanas analisando a sugestão dela: "volte a fazer seus jantares entre amigos em casa". Ok, isso é legal, mas o que tem a ver com eu conhecer um namorado em potencial?! Meus amigos são os mesmos de sempre, a maioria namora...

Você deve estar se perguntando o que o "falta de espaço" no diálogo inicial tem a ver, não é? Tem gente que tá sozinha porque falta espaço na agenda: trabalha demais ou sai demais. Outros porque falta espaço no coração: ainda estão curando as dores de um pé na bunda. Tem também quem esteja só porque o espaço reservado pras próprias neuras seja gigante. Já vi quem estivesse sozinho porque o espaço reservado pra família tomava o lugar de um relacionamento. E por aí vai... Mas em São Paulo muita gente está sozinha porque falta espaço em seu apartamento mesmo! Pra dividí-lo com alguém, em muitos casos, mas o ponto aqui é quando você não pode receber os amigos e os amigos dos amigos em casa pra uma festa porque mora num cubículo!

Numa cidade como São Paulo, nos vemos nos privando do churrasquinho, do jantarzinho, da sessão de filme com pipoca, da cervejada, do violãozinho, do almoço de domingo, daquele joguinho de tranca, buraco, poker, War, Perfil, Rock Band, Wii, etc. porque não cabem todas as pessoas legais que você quer receber no seu apezinho de solteiro. Daí o que nos resta são os botecos, as baladas... Gastamos uma grana desnecessária muitas vezes, beijamos desconhecidos sem referências que muito provavelmente não vão nos telefonar no dia seguinte, nem na semana seguinte e, se o fizerem, geralmente é pra dar uma transadinha no melhor estilo one night stand e não aparecer nunca mais. Sim, porque quem nunca ouviu que menina ou menino de balada não é pra namorar? Quem seria, então?! "Ah, amigos de amigos é que são a melhor alternativa!" Sim, eu concordo! Mas onde?!