quarta-feira, 10 de junho de 2009

When he just... won´t!

Hoje eu vim falar daquelas situações em que o jantar tá na mesa, baita peixão, e o cara... manda embrulhar! Há pouco tempo, comecei a me dar conta da quantidade de amigas reclamando da mesma coisa, mesmo que em contextos diferentes:

1) a menina tem um casinho com o cara há algum tempo, os dois se encontram depois de umas semanas, saem pra jantar, rola bom papo, clima no ar, tudo muito bom, ele a leva pra casa e... nada.
P.S: ela é linda, morena, sorrisão, cabelo brilhante, inteligentíssima, corpão.

2) a menina namorou um cara por uns 5 ou 6 anos, os dois chegaram até a cogitar morarem juntos, mudarem de país pra ficarem juntos, já dormiram juntos, viajaram juntos e... nada. Nunca!
P.S: ela é linda, cheia de vida, divertidaça, sorrisão, cabelão, corpão, tem brasilidade, aposto que uma pegada imperdível...

3) a menina namorou o cara por uns meses, brigaram, se reencontraram depois de uns anos, treparam, brigaram de novo, se reencontraram outros anos depois, se perdoaram, saíram, jantaram, papearam, saíram de novo, falaram de sexo a noite toda e do quanto era bom pra caralho, ela não se conteve, agarrou o cara e... nada.
P.S.: ela também é linda, gente boa e... uma grande conhecida minha.

4) a menina tava saindo com um carinha bacanérrimo, gatinho, divertido, que acabou virando uma ótima surpresa na cama. Os dois estavam numas de exclusivos, mesmo sem terem falado no assunto, se vendo sempre que possível, se falando todo dia... e isso foi rolando por umas semanas. Até que começam a pintar convites pra aniversários, reuniões na casa dos amigos, almoços de domingo... e fica aquela situação "chamo-não-chamo?"; ou a mulherada continua caindo na balada e a menina junto, os carinhas chegando... e ela, sem saber direito qual o seu status e até onde vai a "ética", chega pro carinha e pergunta se eles estão namorando. Resposta rápida demais: "não". Um tanto quanto mais floreadinha, mas não tão convincente. Uns meses se passam e passam um fim de semana fantástico. A mocinha, então, resolve arriscar: "se eu quisesse, assim, namorar você... você toparia?" A resposta dessa vez demora um tiquinho mais, vem cheia de explicações do quanto tá sem tempo, envolvido no trabalho e blá, blá, blá. Quando tudo se resume a... "não"! A menina resolve dar um basta e partir pra outros. Ele aparece no dia seguinte com carona, convite pra jantar, dormir de conchinha e tudo mais que possa derretê-la no dia "obscenamente" frio que estava fazendo. Daí viaja com a família no dia dos namorados e fica incomunicável.
P.S.: ela também é linda, gente boa e... uma grande conhecida minha.

5) a menina reencontra um amigo muuuuito querido de adolescência. Após saídas pra andar de bike, muitas risadas, lembranças boas e confissões de adolescentes, pinta um clima. Resolvem namorar. Passam o fim de semana juntos, muitos beijos, a coisa esquenta, ela acha que vão partir para o gol e... ele tira o time de campo. E o mesmo filme se passa por alguns outros fins de semana. E nenhuma palavra dita sobre o assunto, nem o famoso "isso nunca me aconteceu antes!". Ela termina com ele e ele... just won´t... talk to her (ever again) (either!).
P.S.: ela também é linda, gente boa e... uma grande conhecida minha.

6) a menina enquanto morava na Irlanda namorou um irlandês. Dormiu ao lado dele, ficou nua na frente dele e... nada.
P.S.: ela é linda, simpática, é a maior gostosa e até eu queria comer! Juro que não tinha nada a ver com pena.

7) a menina nota um gatinho na academia. Pergunta dele pra recepcionista, manda bilhetinho. Sem resposta. A recepcionista joga lenha na fogueira, ela escreve mais ousadamente: dá seu MSN. Depois de uns dias, ele a adiciona e bate um papo rápido. Êba! Até trocam telefones uns dias depois. Convite pra um café. Sem resposta. A recepcionista só então diz que ele fez uma cara "meio assim" quando ela perguntou se ele tinha namorada. O tal do Orkut dizia solteiro. Ele passa, então, a só ser visto offline.
P.S.: ela também é linda, gente boa, uma grande conhecida minha e eu a como de vez em quando.

Então eu fiquei pensando e repensando. E bebendo a isso tudo. E consultei a literatura (Behrendt and Tuccillo, 2004). E acho que concordo com o Greg e a Liz. É por isso que, especificamente hoje, às vésperas do dia dos namorados e na véspera de um feriado prolongado, eu espero meu vôo pra bem longe daqui na compania de um francês gostoso, só meu, que vai me satisfazer a noite inteirinha exatamente como eu previa e que, como não poderia deixar de ser, tem o sobrenome Pinot Noir.


Referências:

• Behrendt, Greg and Tuccillo, Liz. Ele simplesmente não está a fim de você. Rocco, 2004.
(Título original em inglês: "He´s not that into you"... Inspiração para o filme que infelizmente traduziram diferentemente do título do livro em português...) (Rings a bell? Eu espero que, para o seu bem, você saiba exatamente do que estou falando. Caso contrário, vá já comprar o livro!!!)
• Aquele cara gato no supermercado, todo prestativo, cercado das quatro filhinhas lindas, que me recomendou o francês e o argentino. (Paizãaao!!!)

10 comentários:

  1. Só li os 3 primeiros e já me comovi com a causa. Apresente-as pra mim. Posso ter vários problemas mas com certeza não o supra citado :o)

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  2. Opa... estou entre as 3 primeiras ou é impressão!!!

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  3. Caríssimos,
    As histórias comoventes acontecem com mais frequência do que imaginamos. Qualquer semelhança pode (ou não) ser mera coincidência. Espero que "as meninas" supra-citadas não se chateiem com o fato de eu ter feito as referências.
    E, Carlão, vou pensar no seu caso!
    Beijos e obrigada pela visita. ;)

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  4. com relação ao caso n. 7, dou razão ao cara da academia. afinal, pra ele ter tomado essa atitude, ou melhor, não ter tomado atitude, é porque ele não deve gostar que lhe mandem "recadinhos", ainda mais por terceiros. deve ser daqueles que preferem olho no olho pra depois mostrar todo seu potencial!!! rsrs.

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  5. Caro Sr. Duas e Meia da Manhã,
    Nem vou dizer nada em relação ao cara da academia, viu? Será que ele nem teve a tal chance do "olho no olho"? Pra moça ter ficado tão indignada, deve ter sido meio frustrante. Mas há de se dar alguma atenção para o que você disse quanto a mandar recadinhos por terceiros. Ou que se pensar no quanto os meninos gostam de mulheres que tomam a iniciativa. E insistem. Não acha?
    Obrigada pela visita. E pelo comentário. Volte sempre! ;-)

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  6. tem uma possibilidade ainda mais simples, serve para todos os casos: He's just not that into you - simples assim! Simplesmente os caras não estavam interessados! Vai ver essas meninas não sao tao lindas quanto pensam que são. Fica a dica!
    beijo

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  7. Caro Sr. Anônimo,
    Ou é impressão minha, ou de duas uma: você lê os livros ou assiste aos filmes "de mulherzinha" pra usar as dicas como argumento pra reforçar comportamentos masculinos não exemplares, no melhor estilo "homem é assim mesmo", ou você simplesmente está repetindo o que eu mesma já falei no próprio post: "he's not that into you!".
    Sim, sim, nós mulheres precisamos identificar melhor os casos em que um cara simplesmente não está a fim, simplesmente não nos acha bonita o suficiente, simplesmente não está a nossa altura... enfim. E o sujeito tem todo o direito, concordo.

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  8. Em tempo: quando um cara simplesmente não está interessado, ele poderia simplesmente não dar falsas esperanças. Ser sincero, pra variar. E não mandar a moça pro banco de reservas pro caso de ele não ter o que comer "on a rainy day". ;-)

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  9. sorry, não vi que vc tinha falado do livro no final, fiquei com preguiça de ler tudo!
    Mas é isso aí, não dá pra esperar que homens mudem, as mulheres é que tem que ficar mais espertas. E o contrário tb vale: as mulheres tb não vão mudar sua natureza, os homens que tem que ficar mais espertos e saber lidar. Simples assim! Claro que num mundo perfeito poderia acontecer o que vc mencionou no comentário acima, mas não nos enganemos, a realidade não é bem assim...
    bjos
    PS: assisto filmes de mulherzinha como mero entretenimento e não leio esse tipo de livro. Desprezo literatura de auto-ajuda e afins.

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  10. Ok, foram liberados os posts anônimos para incentivar os comentários dos mais tímidos, que não precisariam ter/identificar uma conta do Google para postarem. Mas confesso que começo a ficar confusa. Quem é quem?! Rsrs
    Que tal os anônimos usarem pseudônimos? Ou ao menos se identificarem como Anônimo1, 2, 3...?
    Beijos!

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